sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

OTÁRIOS E FDPS

Pensando nos padrões comportamentais da raça humana, em início de novo milênio (e pra falar a verdade, acho que bem antes disso) podemos dividir sem grandes hesitações as pessoas em otários e filhos da puta.

Confesso que sou um otário. Numa escala de 1 a 10, em que 10 significa o máximo de otarice, acho que me encontro ali na casa do 4 ou 5 ... acrescento que já fui um bocado otário, a ponto de ficar próximo do nível 8 ou 9 ... é certo porém que algumas porradas desconcertantes fizeram-me mudar ... mas permaneço um otário. Convicto e até com orgulho. Eu seria um desastre completo como filho da puta. Eu teria remorso, sofreria com a culpa. A sinceridade abunda. É a minha indisfarçavel essência (e que certamente não foi comprometida com as porradas da vida) ... Eu seria uma contradição ambulante se virasse a casaca . Seria infeliz. Uma tormenta para o analista que não existe e mais insone do que já sou.

Otários sonham. Otários não se conformam. Otários sentem. EU SOU OTÁRIO !!!

Por incrível que pareça os filhos da puta são felizes ... normalmente egocêntricos, materialistas em excesso, viciados em dinheiro e leitores de VEJA. Usam pessoas como joguetes e em geral, não estão nem aí pra nada ... Remorso é coisa que não existe. E verdade é coisa de fresco. Mentiras sinceras interessam. Assim como as meias verdades. E omissão está longe de ser mentira ...

Enquanto os otários fazem análise para se sentirem menos otários, os filhos da puta fazem análise para afastar qualquer sentimento inferior de culpa que poderia danificar o sono.

Como eu acredito em auto-análise e nos clássicos papos de botequim com os melhores amigos, acho que as porradas da vida acabam por ajustar os níveis, naturalmente. E assim, neste processo, me tornei um otário menos otário. Enfatizo o orgulho e a plena convicção na conservação do status otariandi.

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