terça-feira, 26 de maio de 2009

Divirta-se sendo mundo



Esta é uma tradução livre da carta atribuída a um menino chama¬do Andrew, de oito anos, e publicada no jornal “A Ponte do Arco Íris”, de West Sedona(EUA):

“Boa noite, Deus”.

“Espero que você esteja se divertindo, depois de ter resolvido transformar-se em Mundo, pois minha mãe diz que tudo que vemos é parte de você. Eu gosto muito de suas brincadeiras, como a ter feito chover na semana passada, para que as plantas e as árvores pudessem continuar existindo”.

“Deus, estou feliz por ter que sobreviver em cima de você. Você tem umas ideias incríveis, como, por exemplo, fazer cair as folhas no final do verão: é genial, e faz com que a gente entenda que as coisas mudam”.

“Eu gosto de senti-lo em todas as partes da Terra. Eu gosto de caminhar por seus braços e pernas. Por isso, espero que esteja se divertindo, transformado em mundo”.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sexo com amor é diferente!



Atualmente são muito comuns relacionamentos onde não existe compromisso. Para muita gente, eles têm a vantagem de preservar a liberdade, a individualidade e o próprio espaço. Nesse tipo de relação, o sexo rola quando os dois estão a fim. Assim, não é preciso conviver com o que não se gosta ou não se compreende no modo do outro ser. Quando não há compromisso, o casal só se encontra se ambos estão com vontade e o objetivo desses encontros é o mesmo: viver apenas bons momentos. Embora, à primeira vista, possa parecer interessante e atraente, a relação sem compromisso tem seus aspectos negativos e, muitas vezes, acaba em frustração e tristeza. Uma das conseqüências pode ser a solidão. O vazio afetivo e não ter alguém com quem compartilhar o dia a dia gera ansiedade, pois não é uma característica natural do ser humano, que é viver em grupo.


"Se o sexo fosse só a expressão de uma necessidade biológica, não teríamos muitas dificuldades em lidar com ele, porque seria usado principalmente para a procriação, e não como expressão de tantas outras necessidades”, diz a sexóloga, e escritora
Maria Helena Matarazzo. É preciso coragem para se relacionar, se envolver para alcançar um amor que valha a pena; também é preciso muita coragem para fazer a escolha de uma relação sem compromisso, superficial ou mesmo profunda, mas sem laços sentimentais. Assim como transar com uma pessoa é uma experiência única que não se compara com outra, o sexo com amor é muito diferente do sexo sem compromisso.


Características e conseqüências do “Sexo com amor”: O carinho e a preocupação dos parceiros com o prazer do outro é grande. Dar e receber passam a ser dois lados de uma mesma moeda. Nada provoca vergonha ou mal-estar. Estão presentes os sentimentos de aceitação e de cumplicidade que fortalecem a experiência sexual. O "antes" e o "depois" são momentos de envolvimento e produzem a sensação confortante de proximidade e de aconchego.Os beijos são naturais, valorizados e fundamentais. Beijar a pessoa amada produz as mais profundas sensações. Ele traz paz de espírito, satisfação emocional e alegria.

O ser humano geralmente dá ao ato sexual outra dimensão além da procriação. Procura torná-lo uma demonstração de amor e afeto pelo parceiro(a); às vezes, transformando-o numa verdadeira cerimônia de adoração como fazem os tântricos, onde o ato sexual pode se prolongar por horas, sem a pressa da penetração e do orgasmo obrigatório.Um único ato sexual, em circunstância correta, pode até mesmo, segundo a filosofia tântrica, alterar o curso do destino. Com a entrega total: corpo e mente, com muito sentimento, seu coração estará mais leve, confiante e entregue ao parceiro (a). Neste momento, a relação sexual realizada em local adequado, com tempo suficiente para o relaxamento dos parceiros e com sentimento resulta em uma resposta sexual plena, com muito prazer. A qualidade deve estar acima da quantidade na questão sexual. Desta forma seu coração ficará, esteja certo(a), extremamente em paz. Portanto, faça amor e não apenas sexo.


Transar faz muito bem para a saúde das pessoas

Transar faz muito bem para a saúde das pessoas. Veja abaixo como é importante fazer sexo:

1. O sexo é um tratamento de beleza. Provas científicas demonstram que quando as mulheres fazem amor produzem maiores quantidades de hormônio estrógeno que dá brilho ao cabelo e deixa a pele tenra.

2. Fazer amor de forma tranquila e relaxada reduz as probabilidades de sofrer dermatites, urticarias ou granos. O suor que se produz limpa os poros e dá luminosidade para a pele.

3. Fazer amor queima as calorias durante a cena romântica.

4. O sexo é um dos esportes mais seguros que se pode praticar. Estira e tonifica quase todos os músculos do corpo. Se desfruta mais que nadar 20 piscinas, e não necessita sapatilhas especiais!

5. O sexo é uma cura instantânea para a depressão leve. Libera endorfinas na corrente sangüínea, produzindo uma sensação de euforia e deixa com uma sensação de bem-estar.

6. Quanto mais sexo praticar, mais sexo vais querer. O corpo sexualmente ativo desprende maiores quantidades de feromonas. Estes sutis perfumes sexuais deixam louco o sexo oposto!

7. O sexo é o tranquilizante mais seguro do mundo. É 10 VEZES MAIS EFETIVO QUE O VALIUM.

8. O beijo secreta saliva que limpa os restos de comida dos dentes e reduz os níveis dos ácidos causadores de cáries, e previne contra o tártaro.

9. O sexo realmente alivia as dores de cabeça. Uma sessão fazendo amor alivia a tensão que aperta os vasos sanguíneos do cérebro.

10. Fazer muito amor descongestiona o nariz fechado, sexo é um antihistamínico internacional. Ajuda a combater asma e alergias.

International Society for Human Rights,

International Society for Human Rights, ou simplesmente Sociedade Internacional dos Direitos Humanos, fez uma campnha muito bacana onde acredito que a intenção seja mostrar que todos somos humanos e podemos ter medo de qualquer coisa mostrar para todos que esses lideres tem medo da internet, pois as informações são veiculadas muito rapidamente e poderiam deixar o povo contra as opiniões, muitas vezes erradas, deles.


Gostaram?

domingo, 24 de maio de 2009

Escapando das ameaças



Está escrito em “A compreensão impassível” – também conhecido como “O Tratado de Tahlan”:

Pensamos muitas vezes que a atitude ideal é dar a vida por um sonho: nada mais errado que isso. Para atingir um sonho, precisamos conservar nossa vida, e, portanto é obrigatório saber como evitar aquilo que nos ameaça.

Quanto mais premeditarmos nossos passos, mais chances temos de errar – porque não estamos levando em consideração os outros, os ensinamentos da vida, a paixão, e a calma.

Quanto mais acharmos que temos o controle, mais estaremos distantes de controlar qualquer coisa.

Uma ameaça não dá avisos, e uma reação rápida não pode ser programada como um passeio durante à tarde de domingo.

Portanto, se você quiser entrar em harmonia com o seu amor ou com o seu combate, aprenda a reagir rápido.

Através da observação educada, não deixe que a sua suposta experiência de vida o transforme em uma máquina: use esta experiência para escutar sempre a “voz do coração”. Mesmo que não esteja de acordo com o que esta voz está dizendo, respeite-a e siga seus conselhos: ela sabe o melhor momento de agir, e o momento de evitar a ação.

Isso vale para o amor e para a guerra.

A brasa solitária

Juan ia sempre aos serviços dominicais de sua congregação. Mas começou a achar que o pastor dizia sempre as mesmas coisas, e parou de frequentar a igreja.

Dois meses depois, em uma fria noite de inverno, o pastor foi visitá-lo.

“Deve ter vindo para tentar convencer-me a voltar”, pensou Juan consigo mesmo. Imaginou que não podia dizer a verdadeira razão: os sermões repetitivos. Precisava encontrar uma desculpa, e enquanto pensava colocou duas cadeiras diante da lareira, e começou a falar sobre o tempo.

O pastor não disse nada.

Juan, depois de tentar inutilmente puxar conversa por algum tempo, também calou-se.

Os dois ficaram em silêncio, contemplando o fogo por quase meia-hora.

Foi então que o pastor levantou-se, e com a ajuda de um galho que ainda não tinha queimado, afastou uma brasa, colocando-a longe do fogo.

A brasa, como não tinha suficiente calor para continuar queimando, começou a apagar. Juan, mais que depressa, atirou-a de volta ao centro da lareira.

“Boa noite”, disse o pastor, levantando-se para sair.

“Boa noite e muito obrigado”, respondeu Juan. “A brasa longe do fogo, por mais brilhante que seja, terminará extinguindo rapidamente. O homem longe dos seus semelhantes, por mais inteligente que seja, não conseguirá conservar seu calor e sua chama. Voltarei à igreja no próximo domingo”.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Hino a Ísis



A sociedade que hoje aborda o comportamento sexual com o “padrão”, sem respeitar as diferenças individuais, deve procurar lembrar-se de um dos mais belos poemas sobre a condição humana, o hino a Isis descoberto Nag Hammadi, que os peritos datam entre os séculos III e IV de nossa era:

Porque eu sou a primeira e a última
Eu sou a  venerada e a desprezada
Eu sou a prostituta e a santa
Eu sou a esposa e a virgem
Eu sou a mãe e a filha
Eu sou os braços de minha mãe
Eu sou a estéril, e numerosos são meus filhos
Eu sou a bem casada e a solteira
Eu sou a que dá à luz e a que jamais procriou
Eu sou a esposa e o esposo
E foi meu homem quem me gerou em seu ventre
Eu sou a mãe do meu pai
Sou a irmã de meu marido
E ele é o meu filho rejeitado
Respeitem-me sempre
Porque eu sou a escandalosa e a discreta

Não Tenhas Medo do Passado


Não tenhas medo do passado. Se as pessoas te disserem que ele é irrevogável, não acredites nelas. O passado, o presente e o futuro não são mais do que um momento na perspectiva de Deus, a perspectiva na qual deveríamos tentar viver. O tempo e o espaço, a sucessão e a extensão, são meras condições acidentais do pensamento. A imaginação pode transcendê-las, e mais, numa esfera livre de existências ideais. Também as coisas são na sua essência aquilo em que decidimos torná-las. Uma coisa é segundo o modo como olhamos para ela. 

Oscar Wilde

Mistura explosiva

Às vezes, estamos vivendo um momento de desilusão, 
de incertezas ou de puro abatimento, 
aparentemente sem uma causa definida, 
e começamos a tomar decisões baseadas em nosso pré-julgamento, 
misturando realidade com fantasia. 

Tal pessoa ia ligar e não ligou, 
sabe-se lá por qual motivo; 
mas na nossa cabeça passa um filme, 
quase sempre "tenebroso" e já ficamos de mal mentalmente do infeliz.
Aquela outra que respondeu 5 e-mails, 
mas deixou o sexto sem resposta já está declarada inimiga número 0 em nosso sistema cerebral. 

Na nossa "mistura de emoções", 
tudo e todos estão contra nós, 
não percebemos que estamos nos isolando, 
fugindo cada vez mais de nós mesmos. 
Somos nosso maior carrasco, 
não nos perdoamos e nos colocamos 
para baixo do tapete mais sujo da sala. 

Os melhores pensamentos de quem está 
vivendo esse momento de desilusão, 
é o de fugir para algum lugar distante, 
como se o problema existisse fora dela, 
como se a distância ou o isolamento pudesse 
livrar-nos de nós mesmos. 
A situação vai se arrastando, o humor, 
se é que se pode chamar de humor 
a cara feia que criamos, vai piorando, 
as dores de estômago vão aparecendo, 
vira gastrite, 
úlcera e se não cuidar...já viu, né? 

Esse momento, 
essa fase é devida na maioria dos casos à 
alguma situação mal resolvida, 
que você jura que aceitou, 
que resolveu definitivamente, 
mas que no fundo, no fundo, 
deixou uma raiz enorme.
Uma ferida que pode até ser pequena, 
invisível na tomografia computadorizada, 
mas que sangra lentamente por dentro, 
que vai roubando as suas forças... 

Descubra os fios que o prendem ao passado, 
ao fato que você ainda não engoliu, 
a notícia que o chateou tanto e o deixou assim, 
sem reação verdadeira diante da vida. 
Resolva-se!
Admita que algo não vai bem, 
rode a baiana, 
espume a "baba" de raiva que você 
anda segurando, 
coloque para fora esse "sapo" que 
você não consegue engolir, 
alivie-se e vá ser feliz. 

A emoção só anda de mãos dadas com a razão, 
sozinha ela é um desastre.

Aproveite e leia: Ter paciência não significa engolir sapos...

O destino não é uma questão de sorte

O destino não é uma questão de sorte; é uma questão de escolha. Não é algo pelo que se espera, mas algo a alcançar". - Willian Jennings Bryan
(1860-1925)

Nas milhões de palavras escritas por William Shakespeare, há uma citação que é uma lança criativa, porque é aguçada e vai direto ao ponto. Acho que se aplica de modo especial àqueles que se consideram injustiçados pela sorte.

Como é que você se vê? Como uma pessoa de sorte, ou como alguém para quem “nada dá certo” Acha que é daqueles que tiram o máximo das coisas boas da vida? Ou acha que está entre os que têm de carregar um peso maior de tristezas do que seus ombros mereciam?

A “sorte”, somos nós que a fazemos, boa ou má, de acordo com o nosso comportamento (pensar, planejar e agir). Shakespeare consegue resumir tudo numa frase de Júlio César, quando diz: “Os homens, em certos momentos, são senhores de seus destinos. O erro, caro Brutus, não está nas estrelas, mas em nós”.

Seríamos, sim, senhores de nossos destinos, se aprendêssemos a converter pensamentos em ações, direcionando-as no sentido de dar vida ao potencial criativo que há em nós.

Tudo dá certo, sempre que alinhamos pensamento e objetivo: são aqueles momentos em que nos tornamos senhores de nosso destino.

Se fosse possível fazer voltar o passado, todo o passado, para que pudéssemos tê-lo à nossa frente como uma cena de teatro, e o analisássemos nos mínimos detalhes, seria fácil ver onde erramos. Seria facílimo perceber em que ponto do caminho deixamos a trilha certa, para seguir o imprevisível caminho de uma estrela qualquer. Então, sim, veríamos onde estava o erro. O nosso erro. Sim, porque quem escolheu o caminho fomos nós.. Somos nós os responsáveis pelas nossas escolhas, certas ou erradas, que constroem ou destroem um sonho.

O sucesso não depende tanto das influências externas quanto das atitudes e resoluções interiores. Nosso destino não está nas estrelas, mas nas nossas próprias mãos. Podemos não ter o poder de mudar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos.

Homens e mulheres são limitados não por seu lugar de nascimento, nem pela cor de sua pele, mas pelo tamanho de sua esperança. - John Johnson

terça-feira, 19 de maio de 2009

A Imortalidade

Ser imortal é coisa sem importância. Excepto o homem, todas as criaturas o são, porque ignoram a morte. O divino, o terrível, o incompreensível, é considerar-se imortal. Já notei que, embora desagrade às religiões, essa convicção é raríssima. Israelitas, cristãos e muçulmanos professam a imortalidade, mas a veneração que dedicam ao primeiro século prova que apenas crêem nele, e destinam todos os outros, em número infinito, para o premiar ou para o castigar.

Mais razoável me parece o círculo descrito por certas religiões do Indostão. Nesse círculo, que não tem princípio nem fim, cada vida é uma consequência da anterior e engendra a seguinte, mas nenhuma determina o conjunto... Doutrinada por um exercício de séculos, a república dos homens imortais tinha conseguido a perfeição da tolerância e quase do desdém. Sabia que num prazo infinito ocorrem a qualquer homem todas as coisas. Pelas suas passadas ou futuras virtudes, qualquer homem é credor de toda a bondade, mas também de toda a traição pelas suas infâmias do passado ou do futuro. Assim como nos jogos de azar as cifras pares e ímpares permitem o equilíbrio, assim também se anulam e se corrigem o engenho e a estupidez.

(...) Ninguém é alguém, um único homem imortal é todos os outros homens. Como Cornelio Agrippa, sou deus, sou herói, sou filósofo, sou demónio e sou o mundo, o que é uma forma cansativa de dizer que não sou.

(...) A morte (ou a sua alusão) torna os homens delicados e patéticos. Estes comovem-se pela sua condição de fantasmas. Cada acto que executam pode ser o último. Não há um rosto que não esteja por se desfigurar como o rosto de um sonho. Tudo, entre os mortais, tem o valor do irrecuperável e do perdido. Entre os Imortias, pelo contrário, cada acto (e cada pensamento) é o eco de outros que no passado o antecederam, sem princípio visível, ou o claro presságio de outros que, no futuro, o repetirão até à vertigem. Não há coisa que não esteja perdida entre infatigáveis espelhos. Nada pode ocorrer uma só vez, nada é primorosamente gratuito. O elegíaco, o grave, o cerimonial, não contam para os Imortais. Homero e eu separamo-nos nas portas de Tânger. Creio que não nos despedimos.

Jorge Luís Borges,

Manual de sobrevivência para depressivos..KKKKK

KKKK.......UAUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

1- Em primeiro lugar, lembre-se: ninguém está nem aí pra o que você sente, faz ou deixa de fazer. Se você está triste porque um parente morreu ou porque acordou com o pé esquerdo GUARDE ISSO PRA VOCÊ. Se você é um deprimido inútil e preguiçoso, desculpe, a gente não, temos mais o que fazer do que ficar escutando você se lamuriar.
2- Se sua tristeza persistir por mais de 8 anos, você se auto-mutilar, se afastar do convívio social, não conseguir trabalhar ou levantar da cama, isso é fraqueza. Vá ler autoajuda ou frases motivacionais, pode ser que ajudem.
3- Se você acredita nessa balela pseudo-científica dos médicos de depressão de origens neuroquímicas, você é um coitado, vá trabalhar, dar de comer aos pobres, limpar velhinhos num asilo, dar comida pra crianças com câncer e ver o que é DOENÇA DE VERDADE.
4- Se você optou por tomar remédios pra aplacar sua depressão, vá em frente e tome a cartela toda de uma vez se não estiver funcionando.
5- Ou se sua cartela não estiver funcionando, procure um novo psiquiatra, ele pode receitar outra cartela... e assim por diante, infinitamente.
6- Se você quer alguém pra te escutar, procure outro depressivo, são desocupados como você (se bem que depressivos são egoístas por natureza e em vez de te escutar, provavelmente te faça escutar a própria ladainha).
7- Se você quer ser escutado por alguém, PAGUE, porque tempo é dinheiro e pessoas não-depressivas têm mais o que fazer, se vão te escutar isso te custará alguma coisa, não?
8- Lembre-se, se você é um depressivo, logo você é um fraco e tudo em você é psicológico, de dor no dedinho do pé a tumor nos seios ou na próstata.
9- Get a life!
10- Já saiu hoje? Pois é, enfurnado em casa é que não vai melhorar, vai dar uma volta na esquina e ouvir os passarinhos cantarem.
11- Coma muito chocolate e tome chá de Erva de São João (use camisinha, erva de são João faz você cagar tudo o que ingere, incluindo anticoncepcional).
12- Lembre-se: "No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."... se você optou por se matar, bom, lembre-se que isso não será o fim, satanás te espera com uma panelinha nos infernos... mas no final, tudo dará certo! ;)

Autor: Senso-comum ou mais 99% da população mundial.

Da opressão do meio



O ser é parte integrante do meio, e o meio acaba abduzindo o ser, transformando-o em parte de si, despersonalizando-o, para que ele não tenha chances de modificar o meio que vive. Sem a sociedade o ser não sobrevive, sem o ser a sociedade não existe. A evolução da sociedade só é possível a partir da evolução individual do ser.

A vida vegetativa abraçada por grande parte das pessoas não é especificamente uma escolha, é o único modo possível até que se atinja uma maturidade intelectual que nos mostre um novo modo de vida. A partir daí existe a escolha, você pode fazer parte ou não do sistema.

O problema da visualização dessa “escolha” é que independente do que escolhemos nos depararemos com o arrependimento. Uma dos maiores fatores para a infelicidade é a grande quantidade de escolha que temos que fazer todos os dias. Quando optamos por uma coisa, acabamos por descartar todas as outras.

A cada tipo de experiência de vida estaremos inevitavelmente experimentando a insatisfação. Quando isso se torna suficientemente sufocante procuramos ajuda na psicologia, filosofia ou religião. Embora qualquer uma delas possa solucionar temporariamente essa angustia, apenas uma prática real do desapego é que poderíamos viver sem a pressão das escolhas.
Apesar do budismo ter, em minha opinião, a melhor prática para o desapego, em um nível pratico, o estado zen quase se confundiria com a depressão. Isso porque a ação pelo não-ação, o não-querer, não-desejar, não são incompatíveis com o sistema social em que vivemos.

Esse sistema transforma o zen em depressão, ou capitaliza o zen, colocando-o numa redoma. A única linha de fuga possível seria sair completamente do sistema, ou se manter nos micros sistemas (propostos no post abaixo) onde não exista toda uma pressão social em prol do conservadorismo atual.

Ou seja, para existir uma mudança real no ser, este tem que mudar de meio, ou criar uma mudança no meio, fazendo com que tudo a sua volta se adapte a você. Embora isso pareça absurdo inicialmente, é algo que acontece o tempo todo. A mutação social começa justamente com essas pessoas que consciente ou inconscientemente moldam o mundo a seu redor.

Caso a pessoa não tenha suficiente força de vontade para mudar de meio, ou modificar o próprio meio, o que resta é a adaptação, onde efetivamente o meio subjulga o ser (como proposto por Lacan ou Adorno) despersonalizando-o ao máximo, até que não exista mais o território do eu (ou o campo A.T.). O ser simplesmente é mais uma peça da engrenagem do meio/sistema.

Abaixo um texto antigo sobre a Mímese

Espelhos sem imagens: mimesis e reconhecimento em Lacan e Adorno

Introdução

A história da relação entre a filosofia e a psicanálise teve um começo distinto e desvinculado na França, por Lacan e na Alemanha, pela escola de Frankfurt através de Adorno. Não há provas de que houve uma relação entre estes dois pólos, embora tenham estudado o mesmo assunto.

Permanecer diante do sujeito ... através do objeto

As experiências intelectuais tanto de Lacan quanto Adorno foram através de um projeto de retorno a Freud. Em Adorno, a teoria Freudiana foi decisiva na criação do conceito de auto-crítica da razão.

Tanto Lacan quanto Adorno tentaram renovar o os modos se sustentação do princípio de subjetividade a partir de uma estratégia absolutamente convergente. Em vez de assumirem o discurso da morte do sujeito ou do retorno à imanência do ser, ao arcaico, ao inefável, todos os dois estiveram dispostos a sustentar o princípio de subjetividade, embora desprovendo-o de um pensamento da identidade.

Nas mãos dos dois, o sujeito deixa de ser uma entidade substancial que fundamenta os processos de auto-determinação para transformar-se no lócus da não identidade e da clivagem. Assim a não-identidade poderá construir um horizonte utópico da mesma maneira com que ela representará aquilo que deve ser reconhecido pelo sujeito. No caso do sujeito essa não-identidade encontra seu espaço privilegiado de manifestação através da experiência do corpo, do impulso e de seus modos de subjetivação.

Esse regime de identificação não poderia ser compreendido a partir do mecanismo de uma projeção do eu sobre o mundo dos objetos, nem pela absorção do objeto através de uma rememoração, ao contrário, trata de levar o sujeito a se reconhecer no interior de si mesmo. Todo sujeito porta em si mesmo um núcleo do objeto. A subjetividade deve ser reconhecida em uma recuperação de confrontações próprias à dialética entre sujeito e objeto. Uma estrutura de reconhecimento de dimensões da subjetividade que não se esgotam na auto-objetivação do sujeito no campo subjetivo da linguagem. A este reconhecimento adorno deu o nome de mimesis.

Devemos compreender as tentativas adornianas de fornecer um modelo de comunicação não mais entre sujeitos, mas na confrontação entre sujeito e objeto.

Clínica e Reconhecimento

Em Lacan, a temática do reconhecimento estaria vinculada a intersubjetividade do desejo. Mas a partir do momento em que a psicanálise tenta se afastar da reflexividade própria do sujeito ela perde o critério para estabelecer a verdade do que se apresenta no campo da experiência. A não ser que voltemos a uma noção não-problematizada que não precisa do Outro para se legitimar. Assim, a cura na clínica lacaiana é indissociável de um movimento de subjetivação.

A auto-objetivação do sujeito, segundo Lacan, não estaria vinculada à posição de dimensões expressivas das aptidões de indivíduos socializados. Ela estaria vinculada ao reconhecimento do sujeito em um objeto que não porta sua imagem, que não porta as marcas de sua individualização.

Críticas da Intersubjetividade

A convergência entre mecanismos de socialização e processos de alienação é patrocinada por uma crítica totalizante da reificação da linguagem ordinária. O que impossibilita a auto-objetivação do sujeito no interior da realidade alienada das sociedades modernas. A objetivação construída pela ciência permitirá que o sujeito esqueça sua subjetividade.

A expressão no interior do campo intersubjetivo está necessariamente submetida a processos de reificação e de objetivação. A auto-objetivação do sujeito só pode se dar como alguma forma de negação de determinações intersubjetivas, negação dialética que, por sua vez, não seja retorno ao inefável ou ao arcaico.

Mimesis, natureza e estranhamento

O problema da mimesis em Adorno é interpretado como a recuperação de uma afinidade não-conceitual que escaparia à concepção de uma relação entre sujeito e objeto determinada a partir do modo cognitivo-instrumental que prometeria um modo possível de reconciliação entre o sujeito e a natureza. Nas palavras de Habermas “um retorno às origens, através do qual tenta-se retornar aquém da ruptura entre a cultura e a natureza.

A natureza apareceria como um signo de autenticidade, o que vai contra toda possibilidade de pensamento dialético da natureza no qual esta não é posta nem como horizonte de doação positiva de sentido, nem como simples construção discursiva reificada. A natureza é uma figura negativa, pois é exatamente aquilo que impede a indexação integral dos existentes pelo conceito.

Os eixos da problemática adorniana do mimetismo seriam: a teoria antropológica da magia, teoria psicanalítica das pulsões, mimetismo animal, e o problema estético da representação.

A atividade antidialética tende a reduzir ao ser do eu toda atividade subjetiva. Através da identificação com o outro se revela o que é da ordem das individualizações modernas. A referência-a-si só se constitui através da mediação pelo que é posto como marca de alteridade.

A identidade do eu seria dependente da entificação de um sistema fixo de identidades e diferenças categoriais. A projeção de tal sistema sobre o mundo é exatamente aquilo que é chamado de falsa projeção.

A pulsão de morte seria uma reconciliação do sujeito com a natureza. O que nos leva a ruptura do eu como formação sintética. De acordo com Deleuze, a morte procurada pela pulsão é o estado de diferenças livres quando elas não são mais submetidas à forma que lhe era dava por um Eu; quando elas excluem minha própria coerência assim como de outra identidade qualquer. Há sempre um morre-se mais profundo do que um ‘morro’.

A tendência a perder-se no meio ambiente pode ser interpretado em Roger Caillois da seguinte forma: O espaço parece ser uma potência devoradora para estes espíritos despossuidos. O espaço os persegue, os apreende, os digere em uma fagocitose gigante. Ao fim, ele os substitui. O corpo então se dessolidariza do pensamento, o indivíduo atravessa a fronteira da sua pele e habita do outro lado de seus sentidos.

Adorno livrou o conceito de mimetismo da sua subordinação à natureza como plano iminente e positivo de doação de sentido. O sujeito deve-se reconhecer para afirmar sua não-identidade. Ou seja, reconciliação com o objeto e destruição do eu como auto-identidade estática no interior de um universo simbólico estruturado.

O objeto é aquilo que marca o ponto no qual o eu não reconhece mais sua imagem, ponto no qual o sujeito se vê diante de um sensível que é a materialidade sem imagem, cuja confrontação implica um perpétuo decentramento.

O reconhecimento dos homens como sujeitos é dependente da capacidade de se identificarem com o que não submete mais aos contornos auto-idênticos de um eu com seus protocolos de individualização.

Especularidade e Opacidade

Em Lacan não encontraremos nada visível sobre o conceito de natureza, no entanto se levarmos em conta o caráter negativo da natureza proposto por Adorno (a natureza como aquilo que resiste à reflexão do conceito) a partir da teoria das pulsões, teremos um caminho [paralelo] a trilhas no texto lacaniano.

À primeira vista parece que Lacan não separa a falsa projeção narcisista da mimeses, como propõe Adorno, visto que o que Lacan chama de seu ‘estágio do espelho’ é como se o bebê projetasse seu eu em outro bebê, desvinculando suas zonas de interação com a mãe para ter uma imagem do próprio corpo.

Através da temática do desejo como pura negatividade, como falta-a-ser primordial, Lacan colocaria o reconhecimento na pura negatividade como a cura das ilusões de narcisismo e de alienação. E Lacan reconhecerá que o verdadeiro potencial da não-identidade não virá de uma transcendência negativa do desejo, será causado pelos objetos parciais que o sujeito tende a perder durante o fenômeno da socialização e formação do próprio corpo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Edgar Morin,

Crueldade e Sofrimento A crueldade é constitutiva do universo, é o preço a pagar pela grande solidariedade da biosfera, é ineliminável da vida humana. Nascemos na crueldade do mundo e da vida, a que acrescentámos a crueldade do ser humano e a crueldade da sociedade humana. Os recém-nascidos nascem com gritos de dor. Os animais dotados de sistemas nervosos sofrem, talvez os vegetais também, mas foram os humanos que adquiriram as maiores aptidões para o sofrimento ao adquirirem as maiores aptidões para a fruição. A crueldade do mundo é sentida mais vivamente e mais violentamente pelas criaturas de carne, alma e espírito, que podem sofrer ao mesmo tempo com o sofrimento carnal, com o sofrimento da alma e com o sofrimento do espírito, e que, pelo espírito, podem conceber a crueldade do mundo e horrorizar-se com ela. A crueldade entre homens, indivíduos, grupos, etnias, religiões, raças é aterradora. O ser humano contém em si um ruído de monstros que liberta em todas as ocasiões favoráveis. O ódio desencadeia-se por um pequeno nada, por um esquecimento, pela sorte de outrem, por um favor que se julga perdido. O ódio abstracto por uma ideia ou uma religião transforma-se em ódio concreto por um indivíduo ou um grupo; o ódio demente desencadeia-se por um erro de percepção ou de interpretação. O egoísmo, o desprezo, a indiferença, a desatenção agravam por todo o lado e sem tréguas a crueldade do mundo humano. E no subsolo das sociedades civilizadas torturam-se animais para o matadouro ou a experimentação. Por saturação, o excesso de crueldade alimenta a indiferença e a desatenção, e de resto ninguém poderia suportar a vida se não conservasse em si um calo de indiferença.