terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A cachaça brasileira


 

CACHAÇA HAVANA: ATÉ 160 REAIS A GARRAFA.

Entre os municípios de Salinas e Novo Horizonte, em Minas Gerais, está localizada a fazenda Havana. Olhando de fora da cerca, o canavial e o engenho não parecem grande coisa, mas ali é produzida uma cachaça venerada País afora e até mesmo no exterior: a Anísio Santiago, conhecida também por seu nome inicial, Havana (no início dessa década, a empresa Havana Club, que registrou o nome, impediu o uso da marca). O criador da cachaça, Anísio Santiago, nasceu em 1912. Quando jovem, trabalhou como carpinteiro, tropeiro e motorista. Em 1942, comprou a fazenda e começou a produzir. Cinco anos depois, as garrafas ganharam o rótulo Havana e passaram a ser distribuídas pela região. O negócio prosperou. Logo Anísio começou a vender para o norte de Minas e sul da Bahia, inspirando outros produtores a seguir o seu caminho. Na década de 1970, Salinas já era uma das maiores produtoras de cachaça artesanal do País. Anísio Santiago morreu em 2002, mas seu legado continua. Os herdeiros produzem a iguaria e mantêm a receita a sete chaves. A cachaça, que já foi aprovada por presidentes tão díspares como Ronald Reagan (EUA) e Fidel Castro (Cuba), custa cerca de 160 reais. Atualmente, existem 50 marcas de cachaça na região, totalizando 5 milhões de litrOs por ano. Salinas é uma das 10 maiores economias do norte mineiro. Em 2006, foi responsável por mais de 45% do ICMS arrecadado no ramo de bebidas do Estado.


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