sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Drama no elevador...Hilário....rs..rs..

Existem poucos lugares no mundo em que o ser humano se sente tão ameaçado quanto num elevador. Quer um exemplo? Veja que muitas pessoas ficam em silêncio quando pegam o elevador. Repare só.

Elas vem falando animadamente. Tão logo entram na caixa de aço, ficam em silêncio. E durante aqueles longos minutos em que sua bexiga clama por um vaso sanitário, tudo que você pode se perguntar é se elas pararam de falar com medo de alguém notar o bafo (um problema sério em ambientes confinados) ou se você tem cara de fofoqueiro e elas não querem que você saiba o que aconteceu na noite anterior.

O elevador é considerado pelos especialistas em transporte como o equipamento de transporte mais seguro do mundo dada a quantidade de viagens divididas pela quantidades de acidentes. De fato, muitos problemas decorrentes de elevadores não estão associados a uma queda livre, o terror de todo mundo que tem “medo de elevador”. Os filmes tripudiam sobre isso, mostrando caixas de madeira sendo puxadas por cordas que arrebentam, jogando aqueles infelizes atores de segundo escalão num tenebroso lugar chamado “poço”.

Um meio de transporte que se preze como seguro jamais poderia ter uma parte dele chamada “poço”. Eu fico só imaginando que ali em baixo, entre as escuras molas que brilham sob a fraca luz que entra pela janelinha, está Samara…

Sim senhor, a samara do Poço. Aquela que sai do seu monitor se você assitir ao tenebroso video que mais parece um grafismo de intervalo da MTV…

Mas voltando aos elevadores e seu fascínio e mistério, quem nunca teve uma fantasia sexual num elevador aí levanta o dedo.

O DEDO!!!!! O DEDO!!!! EU DISSE O D-E-D-O!

Eu já. E confesso que já passei por maus momentos tentando realizar isso com namoradas anteriores. Só estou mencionando esta peculiaridade porque a senhora Gump jamais iria topar uma sandice dessas. Mas são aquela coisas que a gente faz com 17/18 anos achando que nada vai acontecer até que… PQP! O botão da emergência destravou e uma velha do bloco B viu algo que há muito ela já não sabia o que era. (calculo isso pela reação) Achei que ficaria broxa para sempre depois do que aconteceu.

As fantasias de putaria no elevador, sobretudo quando são aqueles totalmente espelhados, são um clássico dos pensamentos mais onanistas. Essas fantasias funcionam com uma certa metodologia equacional que é quase sempre bastante precisa. A receita envolve uma vizinha BEM gostosa, uma amiga da vizinha mais gostosa ainda e uma pane convenientemente ocorrida entre dois andares. Some a isso um calor dos diabos, que faz as moças livrarem-se de suas roupas de ginástica. Some a esta idéia o fato de que você tem todo o tempo livre de que precisa, ninguém tem celular, a meia-luz de emergência acende dando aquela penumbra demotel e nenhum vizinho precisará usar aquele elevador nas próximas 48 horas. Ah… E inclua a gosto a câmera, afinal, alguém tem que saber que você é O CARA. Nem que seja o “seu Genival”.

Enquanto elemento excitante para os exibiocinistas, a câmera do elevador é um problema sério para os menos interessados em aparecer. Eu acho que poderia inclusive elencar a câmera do elevador como uma das três coisas mais broxantes dos últimos tempos. As outras duas seriam: Banheiros de avião apertados demais para dois e carros com bancos com defeito que não reclinam (tipo o meu).

Mas a câmera do elevador ganha disparado. Um dia eu peguei o elevador com uma Big Brother que havia ACABADO de posar nua.

Sim, meu amigo, ali, naquela caixa de aço com menos de três metros quadrados, estivemos separados por menos de 22 centímetros o Sr. Gump aqui e a eterna lolita do big brother, Thaís. Eu sozinho com aquela gata. Bem, quer dizer, veja bem…

Ok, tinha mais alguém.

Era o “seu João”, o porteiro mais maluco do universo. Mas ele acompanhava tudo via câmera de segurança. Sim, é o Big Fucking Elevator Brother, também conhecido como “porteiro show”. Thaís, já acostumada ao BBB Global não estava nem aí pra mim, muito menos para seu João e sua câmera erótica. Virou-se ostensivamente com os “dotes” para a câmera e começou a se maquiar no espelho.

Com aquele monumento de mulher do lado, -veja você que lástima - eu só pensava no seu João.

Eu não conseguia me concentrar na situação porque sabia, eu tinha absoluta certeza, de que aquela câmera estava apontada diretamente para aquela bundinha. Bundinha que eu não vi, diga-se de passagem, porque o seu João estava olhando e sabe como é.

Além do mais, ele era impertinente e louco o suficiente para interfonar lá pra minha casa só para avisar a Nivea que me viu comendo a Big Sister no elevador. Sem falar que eu não queria ficar falado como “o tal marido da dona Nivea que fica tarando bundinha de big brother no elevador”, né?

Tenha você fantasias sexuais envolvendo elevadores ou não, o fato é que um elevador pode gerar um sem número de situações bizarras na vida de um ser urbano. Eles são cada vez mais comuns, já que dependemos mais e mais dessas caixas com botões. Sendo assim, é inevitável que cada vez aconteçam mais situações estranhas envolvendo isso.

Eu mesmo já passei por algumas situações estranhas em elevadores. Uma delas correu recentemente.

Eu estava indo pegar a primeira dama na faculdade onde ela dá aula quando notei que o elevador estava demorado pra danar. Fiquei ali batucando na parede e nada. Desisti do elevador social praguejando contra o fedepê desgraçado que segura o elevador para conversar. Deui a volta no corredor e peguei o elevador de serviço.

Pra minha sorte, este veio rápido.

Mal eu entrei no elevador, morrendo de pressa, a Nivea já me ligando pra saber onde que eu estava quando notei.

Alguém havia soltado um peido tão nasueabundo naquele elevador que parecia que havia um cadáver recheado com ovo cozido esquecido no sol e depois guardado ali durante dois meses.

Mal a porta se fechou e aquela caixa começou a descer lentamente, eu comecei a rezar. Eu rezava para que aquela corrente arrebentasse e o elevador decesse a 9,8 metros por segundo para o poço. Não dava para respirar. Entre aquele cheiro e a Samara do poço, eu preferia a Samara. Tentei segurar o quanto pude minha respiração. Eu estava a ponto de explodir quando…

O elevador reduziu a velocidade e parou. Eu achei que estava realmente ferrado porque no início da freeiada, temi que fosse algum tipo de pane, mas o meu desespero aumentou ainda mais de ver que o elevador parou e a porta se abriu.

E menos de um segundo, a minha mente elaborou todo o cenário desastroso que se descortinaria nos segundos seguintes. E entrou um homem negro, forte, usando um daqueles macacões de borracha de motoboy. Capacete pendurado no braço. Pintado no ombro estava a marca da pizzaria. Mal o cara entrou, porta se fechou, ele olhou pra minha cara com cara de:

“PEIDOU MAL HEIN MEU FILHO?”

O cara não parava de me olhar com aquela butuca de olho que mais parecia uma azeitona. Eu tentei disfarçar, mas estava ofegante por ter tentado segurar a respiração. Comecei a notar que o cara estava me avaliando. Ele devia estar pensando como uma coisa insignificante como eu consegue soltar tão escabroso gás. Minha respiração ofegante estava me incriminando. Certamente o entregador de pizza sabia que para soltar um pum tão poderoso seria necessário fazer uma força sobre-humana.

O elevador descia e o sujeito me olhava com aquela expressão acusatória. Eu sabia, eu podia praticamente ler a mente dele. Ele devia estar pensando se eu estava com algum tipo de câncer intestinal grave ou o que eu teria comido para produzir um cehiro de feto de urubú com gorgonzola à vinagrete. Pensei em virar pra ele e falar:

“Moço, não fui eu quem peidou!”

Mas isso não surtiria efeito algum além de me incriminar ainda mais. O cara certamente pensaria que se eu estava falando aquilo é porque naturalmente tinha culpa no cartório. Tentei então abstrair e disfarçar.

Eu me senti pior ainda disfarçando, pois aquela seria a atitude do mais deslavado dos peidões.

O momento da redenção chegou pra mim quando o elevador parou mais uma vez. A porta se abriu e uma velha do sexto andar entrou.

Quando a porta se fechou a velha olhou bem pra minha cara e para a cara do pobre negão. E então passou a encarar o negão como ele estava me encarando antes. Eu tive vontade de rir, mas segurei. O negão vendo que a velha olhava pra ele, começou a olhar sério pra mim, tentando direcionar em silêncio a atenção da idosa, como quem diz:

“Foi ele alí ó.”

Mas eu fiquei firme. Saquei meu celular último tipo (na época) e comecei a mexer. A velha voltou-se para o entregador com certeza ainda maior de que era ele que tinha soltado o flato da morte. Até porque, na cabeça dela, a Xuxa, o Padre Marcelo Rossi e qualquer um que tenha um celular tão caro e bonito não pode provocar tamanho cogumelo piroclástico fecal no ar.

Quando o elevador chegou ao térreo, o entregador desceu rápido. Queria livrar-se do olhar acusatório da velhinha do sexto andar. Eu fiquei para trás, deixando ela sair primeiro. O cara desceu correndo as escadas e subiu na moto como um raio. Assim que ele saiu com aquela motoquinha a velha se virou pra mim e disse:

-Ele se cagou. Não se cagou?

Eu fiquei constrangido de dizer qualquer coisa pra ela e apenas sorri. Mas ela continuou um monólogo digno da Dercy.

-Ah, meu filho. Eu conheço. Eu sei como é “esta gente”. Ele se cagou. Você viu o macacão? Tava até estufado! (ênfase) -A velha ilustrou com os bracinhos magrelos cheios de veias verdes um volume que mais parecia o pânceps do Tim Maia.

-Que coisa, né? -Comentei, querendo encurtar o papo.

-Ele saiu que nem uma bala. Viu? Vai correr pro banheiro coitado. Vai cagar até amanha de manhã! Cruz credo. Quase vomitei. Como que pode alguém podre assim, meu filho? Você já sentiu um peido desse na vida? Olha, eu tenho 82 anos de idade e nunca senti um cheiro de merda assim. Merda não. É ovo. É ovo!

Eu já ia saindo pra pegar o carro quando ela me interrompeu:

-Filho…

-Sinhora?

-Que marca de pizzaria era?

-Hummm. Não sei. Acho que era o Mister Pizza.

-Essa eu não peço nunca mais! -Disse ela. E completou: - Dá caganeira!

POSTADO POR MUNDO GUMP

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