domingo, 5 de julho de 2009

KEEP WALKING

Muitos animais têm o costume de se moverem em grupos. Já observou as formigas caminhando em sua parede? Elas seguem todas em fila, uma atrás da outra, por um mesmo caminho, rumo a um objetivo em comum. Alguns pássaros também costumam migrar em bandos, as vezes fazendo formações curiosas mas, de todo modo, predestinadamente indo onde todos os pássaros em sua situação costumam ir. Lemmings também se movem em conjunto, no entanto, muitas vezes, sem exatamente um objetivo, o que acaba por ocasionar sua morte.

jump

Como seres humanos, também nos agrupamos. Para nos mover na vida (e nisso insira o movimento que fazemos com nossas escolhas, com as tendências que seguimos, com os hábitos que cultivamos, etc.), podemos escolher simplesmente seguir a multidão. Talvez essa seja a escolha mais fácil. Deste modo, não corremos tantos riscos, afinal, todos estão dando seus passos pela mesma estrada. Se todos a percorrem, ela deve ser boa, não é mesmo? Não, não exatamente. As vezes o caminho que o “todo” escolhe seguir não é o caminho que seu coração deseja percorrer. Não digo que todo tipo de “agrupamento” seja ruim, claro que não. Até porque, nenhum homem é uma ilha e isso se prova com o simples fato de nossa interdependente existência neste planeta. Me refiro ao caso de alguns humanos simplesmente esquecerem de ouvir a pequena voz que grita desesperada dentro de si mesmos para seguir o comodismo da moda vigente. Pensamentos como: “se todos fazem, eu devo fazer também”, “se fica bem neles, fica bem em mim também”, ou até, “se é o melhor para eles, é o melhor para mim também.

Ignorar sua própria idiossincrasia pode ser um forte empurrão em direção à perda de personalidade e então, consequentemente, à indiferença e ao desrespeito às peculiaridades e diferenças do outro, o que nos levará, inevitavelmente, a cada vez mais guerras, opressão e, por contraditório que possa parecer, individualismo. Não o individualismo saudável de personalidades, mas sim o temível e nocivo individualismo de almas. Grupos se afastarão de outros grupos, diferentes do seu. Os caminhos se tornarão coisas impostas e não uma escolha espontânea. Eventualmente, a raça humana sucumbirá e a Terra será destruída.

Ora essa! Talvez seja hora de, quem ainda está em dúvida, respirar fundo e experimentar a sensação de percorrer seu próprio caminho, sem se esquecer, no entanto, que por mais diferentes que sejamos, todos ainda somos parte de um mesmo corpo. Afinal, pra que tanta pressa? O que todos estão querendo provar? No final das contas, na vida, não importa quão rápido você vai atingir o outro lado da montanha, mas sim o modo como você escolherá fazer a escalada.

SAINDO DA MATRIX

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